Fanfic 02 - O Fim da Umbrella

África
Chris caminhava indiferente, sentia algo estranho.
- O que foi Chris? - Perguntou Leon.
- Nada, acho que é só o cansaço...
- Estamos nisso a dias, a munição está acabando... Como será que estão os outros?
Aquela pergunta parecia ter mexido com Chris, ele tinha certeza que algo tinha acontecido.
- Parece que ninguém mais vem. - Disse Chris procurando mudar de assunto.
- Tem certeza que não quer esperar mais um pouco?
- Não. Vamos.


Europa
O ponto de encontro no continente europeu parecia deserto. Não havia corpos, nem pessoas.
De muito longe podia-se ver uma silhueta humana, com cabelos castanhos e curtos facilmente reconhecia-se Jill Vallentine.
Atrás dela vinham cerca de meia dúzia de pessoas. Após um tempo o grupo chegou ao ponto central. Não demorou muito para que o outro grupo chegasse, liderados por Barry Burton, o segundo grupo tinha um número menor de pessoas, mas não menos vitoriosas por terem chegado até aqui vivas.
- Pronta pra acabar com isso? - Indagou Barry.
Jill fez que sim com a cabeça.


América do Sul
Carlos Oliveira estava inquieto. Andava de um lado para o outro, braços cruzados. Sua expressão mudou quando finalmente avistou duas pessoas se aproximando.
- Onde estiveram? - Bradou Carlos.
- Jacarés. - Resmungou Billy Coen.
- Oi. - Disse Rebecca Chambers acenando com a mão.
- Já estava preocupado, podemos recapitular o plano? - Disse Carlos.
- Claro - disse Rebecca - vamos para o ponto de encontro na Antártica e...
- Pera ai - interrompeu Billy - essa não é a parte em que a gente explode tudo?
Carlos riu.
- É isso mesmo, vamos lá!


Eu quero ver a Claire! - urrou Chris para Leon.
- Chris não podemos atrasar o resto da equipe, vamos para a Antártica, ela estará lá...
- Não! Não estará, tenho certeza que algo aconteceu, preciso saber Leon, entenda.
- Tudo bem, mas vou com você, por precaução.


América do Norte
O ambiente americano pareceu animar Leon, a África desértica não era um lugar que ele gostava muito.
Chris caminhava apressadamente, tanto que Leon tinha, às vezes, que correr para alcançá-lo. Ao avistar a base, Chris partiu desesperadamente até os portões, nesse instante Leon já não conseguia acompanhá-lo.
Ao se aproximar, Leon notou uma expressão de frustração no rosto de Chris.
- Ela não está aqui, não é? - Perguntou Leon.
- Não.
Não havia nada ali, apenas marcas de sangue.
Chris caminhou mais um pouco e encontrou um diário jogado no chão.

"a criatura avançou em direção a ela e a segurou
pelo pescoço, eu ainda podia ver as lágrimas saindo dos olhos dela... Ela tentava pegar
a arma no bolso lateral, mas antes que pudesse fazer, a criatura cravou sua garra na
barriga dela.
Eu não pude fazer nada... Eu.. Eu não podia... não conseguia."

Os joelhos bambearam, as mãos tremeram e lágrimas escorreram de seus olhos.


Europa
Jill e Barry juntamente com os outros sobreviventes já estavam sobrevoando a Europa rumo a base do Esquadrão Anti-Umbrella, na Antártica.


Antártica
Billy aquecia Rebecca enquanto Carlos tentava contato por rádio.
- Jill, Jill pode me ouvir? Meu Deus será que ela não conseguiu?
- Você sempre foi assim...pessimista? - perguntou Rebecca.
- Desculpe...estou preocupado - retrucou Carlos.
- Relaxa, ela vai ficar bem. - Disse Billy.
A conversa foi interrompida pelo barulho de hélices.

- Jill é você?!
- Carlos! - Jill adentrou o aposento correndo e deu um forte abraço em Carlos, atrás dela vinham Barry e os outros sobreviventes.
- Só tem vocês por aqui? - Perguntou Barry.
- Sim...os rádios parecem não funcionar, estávamos preocupados com vocês. - respondeu Rebecca.
- Vamos esperar mais uma hora então, o plano tem que ser colocado em prática o mais rápido possível, antes que as criaturas se dispersem. - Disse Barry.


América do Norte
- Chris eu sinto muito.
Leon não podia fazer nada diante da figura inerte de Chris.
- Vamos, ficar aqui não vai ajudar em nada. - resmungou Chris colocando o diário no bolso.
Chris tentava parecer forte, mas a morte de sua irmã o tinha afetado demais.


Antártica
- Bom, acho que eles não vêm mais, vamos lançar os mísseis - disse Barry.
- Por favor espere só mais um pouco - pediu Rebecca.
- Me desculpe.
Barry se aproximou do painel, quando ia apertar o botão...
- Se eu fosse você não faria isso.
Barry se virou assustado.
- Chris!
- Esse botão é o errado, o certo está do lado - disse Chris sem apresentar emoções.
- Wow! Você me deu um baita susto! - retrucou Barry.
- Chris o que houve? - perguntou Jill
Chris não respondeu. Leon tentava explicar o ocorrido enquanto todos o olhavam aterrorizados.

- Míssil um lançado, Billy siga a rota dele pelo radar. Esse vai para a América do Sul.
- Sim senhor - respondeu Billy - Alvo atingido com sucesso.
- Ótimo, míssil dois lançado, destino: Europa.
- Alvo número dois atingido com sucesso.
- Míssil número três lançado, destino: América do Norte. - Chris esperou pela resposta - Billy?
- Míssil número três abatido! Repito, míssil número três abatido! - disse Billy assustado.
- Como? - Chris deu um salto e caiu do lado de Billy - Não pode ser!
- Vamos ter que fazer manualmente. - Disse Barry
- Não temos munição suficiente - resmungou Leon
- Estamos perdidos - disse Jill desabando no chão.


América do Norte
Apertando firmemente um ferimento na barriga e andando demasiadamente mal, um policial caminhava rumo a uma base militar. Matou dois zumbis que impediam sua passagem e entrou.
Foi direto à sala de comunicação e tentou um sinal de rádio.
- Alguém... pode me ouvir?
Ficou alguns minutos sem uma resposta.
- Estou ouvindo ... Quem é você? ... Como descobriu esta frequência? - aparentava ser a voz de Chris.
- Quem sou eu não importa, peguei essa frequência com uma moça chamada Claire Redfield, preciso falar com vocês...
- Claire? Ela está viva? - berrou Chris pelo rádio.
- Infelizmente não...
Fez-se um silêncio.
- O que você quer? - era a voz de Barry.
- Eu falo da América do Norte, as criaturas estão se dispersando por aqui. Vocês precisam lançar o míssil rápido!
- Não podemos, o míssil foi abatido antes de alcançar o alvo...
O policial se virou a avistou aviões a jato no pátio.
- Já sei o que fazer. Fiquem de olho no radar.
- O quê? O que você pretende fazer? - questionou Barry.
Mas o policial sequer deu ouvidos. Estava determinado a fazer o que tinha em mente.
Escreveu uma carta e deixou ali, perto do rádio.
Chegou mancando perto dos aviões e entrou em um deles. Levantou vôo em seguida, rumo ao ponto central, o lugar que deveria ter sido destruído pelo míssil.
Armou os mísseis do avião e os lançou até não sobrar nenhum. Não foi suficiente, boa parte das criaturas ainda permaneciam vivas.
Deu meia volta e voou contra as criaturas. No meio delas estava aquela com longas garras, a assassina de Claire. Ao vê-la o policial abriu um largo sorriso no rosto.
- Obrigado Claire.
A explosão foi grande o suficiente para aniquilar todos os monstros que estavam naquela área.
Um policial que durante toda sua vida levou uma vida de covarde finalmente havia descoberto o significado da palavra coragem.


Antártica
- Alvo número três atingido... - disse Billy perplexo.
- Ele conseguiu... obrigado - sussurrou Barry.
- Ahh, estragaram a minha brincadeira! - disse uma voz sarcástica.
- O quê? - urrou Chris - Você ainda está vivo?
Ajeitando seus óculos escuros, Albert Wesker adentrou a sala.
- Que péssimo ver vocês novamente! Pensei que já estavam todos mortos!
- Dizemos o mesmo. - disse Jill
- Insolente! - Wesker correu em uma velocidade incrível, agarrou Jill pelo pescoço e a lançou em cima de várias caixas.
Leon tentou sacar a arma mas Wesker já estava do seu lado.
- Hahahaha, acho que você não me conhece, Leon!
Com um simples movimento, Wesker quebrou o braço de Leon que caiu no chão agonizando.
Barry, Billy e Carlos partiram pra cima de Wesker para tentar imobilizá-lo, mas foram arremessados para longe.
Enquanto Wesker se livrava dos três, Rebecca sacou sua arma e atirou.
- Mas eu já não tinha dado cabo de você Chambers? Não vou falhar da segunda vez! - Wesker sacou sua arma e atirou, Rebecca se jogou para o lado, a bala pegou de raspão.
- Agora somos só eu e você, Chris.
Houve um silêncio.
- Chris pegue isso! - disse Barry arremessando a Magnum e desmaiando em seguida.
Chris pegou a arma e disparou, Wesker se esquivou e jogou sua arma no chão.
- Vamos resolver isso como homens - propôs Wesker fazendo um pequeno aquecimento.
- Só estou vendo um homem aqui. - ironizou Chris
Wesker tirou os óculos, mostrando seus olhos instensamente vermelhos e foi pra cima de Chris, que apesar de estar na desvantagem lutava com muito empenho.
Wesker então arremessou Chris, que caiu sem forças.
O ex-líder da equipe Alpha se aproximava, Chris avistou a Magnum perto dele, se arrastou até ela e a pegou.
- Acha que isso vai me ferir? Sou mais poderoso do que imagina.
Chris deu um tiro, dois, três, os três certeiros. Wesker se contorcia no ar, Chris mirou na cabeça, seria o tiro de misericórdia.
Click. Estava sem balas.
Wesker sacou sua arma e apontou para Chris.
- Já chega de você! - disse Wesker com ódio.
Chris não tinha mais forças para se levantar, fechou os olhos com força.
Vários barulhos de tiro ecoaram pela sala. Wesker tinha um sorriso no rosto.
Caído no chão Chris abriu seus olhos. Mais tiros acertaram Albert Wesker, vindos de todos os lados.
Chris pôde ver Jill, Billy, Rebecca, Barry, todos atirando.
Wesker caiu no chão segurando o pescoço, disse algo imcompreensível e morreu.


3 dias depois
América do Norte
Chris estava junto com alguns soldados eliminando os últimos traços dos vírus da Umbrella.
- Senhor Redfield, achamos uma carta, acreditamos que seja pro senhor. - disse um dos soldados trazendo consigo um pedaço de papel.
- Obrigado - disse Chris.

"Quem quer que esteja lendo esta carta, eu só queria me desculpar com todos os amigos e familiares de Claire Redfield...
Ela morreu por minha causa. Eu tentava acreditar que não, sempre fui um covarde. O que ela fez por mim é um ato apenas de pessoas corajosas. A criatura de garras avançava pra cima de mim quando ela gritou, chamando a atenção dele.
Ela morreu por mim e agora eu posso retribuir.
O míssil que era designado para "limpar" a América do Norte foi abatido, mas eu já sei o que fazer. Avistei vários aviões a jato no pátio ao lado, irei fazer deles um míssil, assim quem sabe eu possa salvar a vida dos amigos dela..."

Chris segurou a carta com força, lágrimas escorreram de seus olhos.


EPÍLOGO
9 anos se passaram desde o incidente mundial.
Desde então ninguém nunca mais ouviu falar da Umbrella.

Barry caminhava no parque com sua família. Parecia mais feliz do que nunca.

Leon se aposentou. Levava uma vida pacata no campo com sua esposa, Ada.

Billy havia se redimido dos seus "crimes" pelos "serviços prestados à humanidade" e levava uma vida a dois com a Médica Chefe, Rebbeca.

Chris Redfield estava em um cemitério, visitando o túmulo de sua irmã.
Estava feliz. Tinha orgulho dela, porém sentia sua falta.

Jill e Carlos faziam um tour por Paris.
No hotel, Jill se aproximou do parapeito da janela:
- Finalmente Paz...


Antártica
Abaixo de vários metros de neve, jazia um objeto incomum: um óculos escuro.
Sim, era o fim.


Autor: Randoman
Série: Resident Evil

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