Alvo Severo e o Segredo da Víbora (Capítulo 1)

Capítulo I – A Família Potter

Na bela noite de verão que a conturbada história de Alvo Severo começa, a família Potter reunia-se ao redor da lareira já quase apagada, na mansão da família. Os Potter eram uma família alegre e animada, e viviam num casarão suntuoso situado nas encostas do morro Stoatshead, próximo ao povoado de Ottery St. Catchpole. Esta área se desenvolvera muito, e se tornara uma pequena vila bruxa chamada Cedric´s Hollow. O nome da vila era uma homenagem a um rapaz que fora cruelmente assassinado por um fiel servo de Voldemort, o terrível bruxo das trevas que tanto mal causou à bruxidade outrora.

O início do desenvolvimento de Cedric´s Hollow se deu há quase dezenove anos atrás, quando o Sr. Potter e sua esposa construíram sua casa, logo acima dos destroços de uma casa velha que estava em ruínas. Quatro anos depois, os Potter tiveram seu primeiro filho, Tiago. Mais dois anos, e nascia Alvo Severo, muito parecido com o pai. E, por fim, dois anos depois, nasceu a meiga Lily.

Cedric´s Hollow abrigava famílias de prestígio entre os bruxos, tais como a do professor de Estudo dos trouxas em Hogwarts, Artur Weasley; a do Sr. Amos Diggory, muito respeitado; a do popular crítico de quadribol Lino Jordan; a da envenenadora e solitária Romilda Vane; a do fazendeiro rico Dênis Creevey; entre outras... Era uma vila nobre e tranqüila, apesar dos constantes desentendimentos entre os MacLaggen e os Weasley.

Harry Potter era agora um homem, de 37 anos de idade, pai de família e com um emprego de alto escalão no ministério, que fora grandemente reformulado com Quim Shacklebolt à frente.

Gina Weasley, após jogar durante sete anos no Holyhead Harpies e ter conquistado inúmeros prêmios, ganhou o cargo de correspondente sênior de quadribol no Profeta Diário, onde expõe semanalmente todas as suas observações dos jogos da Liga Inglesa.

Tiago Potter era o filho mais velho do casal, e se assemelhava mais com o pai do que a mãe, embora seus cabelos possuam um leve toque ruivo que não esconde a maternidade. Um garoto travesso e irrequieto, que adorava atormentar seu irmão menor. Fanático por quadribol, sua maior ambição sempre foi um dia ser apanhador dos Cannons. Era o orgulho do pai, que muitas vezes deixava faltar atenção para os outros.

Lily Potter era uma garota popular e repleta de amigos e amigas, que em geral só enchiam a cabeça dela com histórias mirabolantes sobre seus pais. Perguntas do tipo “E o seu pai, quantos anos eles ele tem?”, “Ah, mas ele é tão lindo...”, “Sua mãe nunca mais volta pro Harpies?” e “Lily, fala pro seu irmão que eu acho ele o máximo” nunca faltavam. Ela possuía um gatinho, que era o que mais prezava no mundo. Seu nome era Ed, em homenagem à tão recontada história de seu pai sobre uma bela coruja branca como a neve, que possuíra quando jovem.

Alvo Severo Potter era o filho do meio de Harry e Gina. Um garotinho tímido, que crescera agüentando as piadas que seu irmão fazia sobre ele, fazendo os amigos irem ao chão de tanto rir, e vendo o pai se orgulhar de cada jogada de quadribol fascinante que o irmão mais velho fazia; a mãe muito ocupada dava mais atenção à garotinha Lily. Alvo crescera brincando sozinho, longe dos irmãos, desejando um dia fazer algo de que os pais pudessem se orgulhar. Odiava quadribol, simplesmente porque não conseguia permanecer em equilíbrio por mais de cinco minutos na sua vassoura, que era a mais moderna e rápida da época. Seu pai a comprara para ele no natal passado. A Star Generation era incrível, apesar de ter sido mais usada por Tiago do que pelo dono.

Agora voltamos à reunião onde a história de Alvo Severo e seus brilhantes feitos dá início. A família estava reunida na suntuosa sala de estar dos Potter. Um garotinho ruivinho e alto, de óculos, estava sentado no sofá, emburrado, e Gina Weasley, sua tia, acariciava seus cabelos, tentando acalmá-lo. A lareira conservava poucas cinzas, de onde saía uma cobrinha fina e pequenina. As duas primas, Lily e Rose olhavam-na serpear por entre as cinzas, revelando minúsculos ovinhos vermelhos escondidos há um canto. Estavam sentadas em frente à lareira, discutindo o quão grosso e mal-educado era o filho dos MacLaggen. Alvo Severo as observava entediado, sentado no primeiro degrau da escada, enquanto Harry brigava com Tiago, pois o garoto tocara fogo num livro de Hugo, seu primo, quando este se negou a ajudá-lo a preparar uma poção para arrepiar cabelo, que mais tarde seria dada para a própria irmã. Tiago explicava ao pai que foi sem querer, que foi um gnomo que o influenciou, que sua varinha estava com defeito, que estava protegendo o primo de uma maldição posta no livro, que...

Naquele momento, a porta escancarou-se e um homem ruivo, alto e sorridente adentrou a casa. Rony Weasley deu um beijo em cada filho e sentou-se cansadamente, interrompendo o sermão de Harry.

- Acreditam que Hermione teve que ficar lá no ministério para resolver um caso de um menor que ateou fogo num livro? – começou Rony, espreguiçando-se no sofá.

Hugo deu um olhar muito significativo para o pai, mostrando o que parecia ser o resto do novo exemplar de “Gernumbliologia”, de Xenofílio Lovegood, que sua mãe dera ao garoto como presente de aniversário.

- Err... não acredito Hugo, meu filho, foi você? Se não gostou, não precisava fazer isso, sua mãe vai ficar chateada.

- Não Ron, não foi ele – explicou Harry – foi o Tiago, e eu estava justamente dando uma bronca nele quando você chegou.

- Tio Rony, você não sabe como o Tiago é? – Lily levantou-se. Olhava com desprezo para o irmão. – Garoto bobo, só quer chamar atenção.

- Não fale assim de seu irmão, Lily – Harry disse

- Isso mesmo, cale essa boca, antes que eu a cale. Ninguém te chamou para a conversa. – Tiago estava enfurecido.

- Parem com isso agora! – Gina se pôs entre os dois. – Se tem alguém aqui que tem motivos para se irritar, esse alguém é o Hugo, e ele está quieto. Tiago, vá para o seu quarto; e Lily pra cozinha, quero conversar com você.

- Mas pai... – Tiago se virou para Harry no mesmo instante, procurando apoio.

- Obedeça sua mãe, Tiago.

O garoto subiu as escadas contrariado, e Lily foi à cozinha com a mãe, deixando Rose com o pai, o tio, o irmão e o primo. O cinzal revirava-se nas cinzas da lareira, descontrolado.

- E você, Alvo, como vai? Ansioso para Hogwarts? – Rony quebrou o silêncio.

Alvo estava muito quieto no canto da escada, observando o cinzal. Ao ouvir a pergunta, ficou um tanto surpreso. Estava muito ansioso para estudar magia, porém um medo o afogava em dúvidas. Cresceu escutando as histórias fascinantes e heróicas de seu pai, e sabia que, em geral, os bruxos desencaminhados acabavam por ser selecionados para a casa sonserina. Sentia pavor disto. De uma coisa estava convicto: se fosse selecionado para ela, fugiria, e nunca mais teria coragem de voltar. Seu pai o odiaria.

- Claro tio, estou muito ansioso. Não vejo a hora de ir – respondeu Alvo, nervoso.

- Ah. Você vai amar Hogwarts, Al... Como é bom relembrar os velhos tempos, não é mesmo Harry? Aposto que você já contou pro Alvo como nós detemos um trasgo montanhês adulto em nosso primeiro ano, não?

- Realmente Ron, Hogwarts é maravilhosa... E não, meu amigo, acho que deixei passar esta história, afinal são tantas... Mas nunca é tarde para uma boa lembrança dos velhos tempos.

Lily e Gina voltaram da cozinha, e um tempo depois, Tiago desceu. Passaram a noite contando histórias de Ron, Gina, Hermione e Harry enquanto alguns adormeciam sentados no sofá ou mesmo no chão. Rony já roncava alto quando Hermione Granger surgiu na lareira, assustando a todos (sim, pois foi bem na parte em que Harry era encurralado por uma centena de dementadores, no terceiro ano).

- Olá! Boa noite a todos. Ah Rony, estou morta de cansaço – e deu um beijo no marido e nos filhos. – Gina, querida, como você está? Alô Harry.

- Amor, onde você estava? Estávamos preocupados. – Rony ainda estava meio desacordado.

- No ministério, é claro Rony. Mas que pergunta... Ah Harry, antes que eu me esqueça, já resolvi o caso do fogo no livro, não se preocupe, Tiago não terá maiores complicações. – Hermione era uma funcionária muito influente no ministério, e sua opinião era de real valor nos casos de magia acidental. - Vamos para a casa, amor?

- De jeito nenhum! Vocês vão dormir no quarto de hóspedes, Monstro já deixou tudo arrumado – Gina estava se levantando – Harry, vamos levar as crianças, querido.

- Oh muito obrigada Gina! Então já vou subindo, estou realmente cansada. Vocês têm poção da paz? Estou precisando, não vou dormir bem desse jeito. Muito trabalho. Só me senti tão cansada uma vez na vida. No meu terceiro ano em Hogwarts, com todas aquelas aulas que tinha de assistir... Vamos amor. Hugo, Rose, acordem, vamos para o quarto.

Alvo estava acordado, e subiu acompanhando os pais. Seu quarto ficava no fim do corredor, repleto de quadros e retratos. Era um quarto grande e espaçoso, com uma grande janela, onde batiam os galhos do carvalho do lado de fora em noites de tempestades. Essa noite era calma e silenciosa. Um grupo de nuvens espessas dançava ao redor de uma melancólica lua minguante, enquanto muito abaixo delas um garoto de onze anos se perdia em meio a um emaranhado de pensamentos, deitado em sua aconchegante cama.

Alvo estava em um bonito jardim de tulipas, e corria de encontro a alguém. Seu pai corria em sua direção. Iria abraçá-lo. Seu rosto, porém, não exibia sorriso. Havia desgosto em seu olhar. Alvo parou a corrida, então olhou-se no reflexo de uma poça d´água. Não podia ser verdade, seus olhos não estariam enxergando direito. Um brasão verde e prata, com uma cobra ao redor, cruzando-o reluzia em seu peito. O pai parou bem perto do filho, então Tiago surgiu ao seu lado, fazendo o pai ir de encontro a este, e levá-lo para longe do irmão. Estavam correndo. Alvo Severo ficou sozinho no jardim, que aos poucos se transformava em um sombrio jardim de asfódelos. O frio aumentava. Alvo tremia. Então levantou-se de súbito. Tremia na realidade. Não iria voltar a dormir, não queria mais ver aquilo, então se encolheu sob as cobertas, e não parou tão cedo de tremer.

5 comentários:

Anônimo disse...

Eu também estou fazendo, pode se dizer, um livro sobre Alvo Severo.
E acho q a sua está boa, pelo menos o começo q eu li.
Espero q qndo coloq a minha a internet, espero q seja tão boa qnto a sua.
Parabéns

Bettyne Sousa
Belém-PA

Anônimo disse...

tome vergonha nessa sua cara e coloque o personagem principal na grifinoria...a e não deixa essatal de beel potter continuar sua historia ela vai zoar

Anônimo disse...

Oi... Espero que Harry Potter tenha continuação... Pois sou muito fã da série de Daniel Hadcliffe... Espero que Alvo Severo Potter para nos dar mais alegria, assim como Potter nos alegrou com suas aventuras...

Grande abraço a todos os fãs da Série Harry Potter...

Robério Galvão...

Anônimo disse...

estou procurando sua historia , ela é muito boa. gostaria de encontrar as continuações , eu soube por ai que tinham uma boa quantidades de capitulos espero encontra-los ..... você escreve muito bem , espero encontra . obrigado por escrever essa historia , eu acho que você nunca verá esse comentario por esse sait ja é velho mas tudo bem , assim mesmo obrigado . pode me chamar de akio . tchao

Anônimo disse...

uma casa não defini nada , grifinoria ou sonseriana tanto faz o importante e ter respeito por elas... akio

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