Alvo Severo e o Segredo da Víbora (Capítulo 7)

Capítulo VII – A Seleção das Casas

Um homem muito alto, com um emaranhado de barbas espessas e brancas reunia a todos os calouros. Havia um empurra-empurra descontrolado, e Alvo foi jogado para fora por ninguém mais nem menos que Colin Creevey.

- Colin! Que bom te ver! Nem te vi no trem... E aí, com quem você estava? – Alvo se dirigiu ao amigo que o empurrara sem querer.

- Oi Al! Eu estava com a Longbottom e uma garota esquisita. Aquela ali. – o garoto apontava para uma garota com a forma do rosto muito torta, que não parava de falar com uma japonesinha que segurava seu braço. – O nome dela é Geraldine Drapport.

- Eu estava com Malfoy e Lestrange, acho que você não os conhece. Venha, vou lhes apresentar. – Colin o seguiu de perto.

- Olá pessoal, este é Colin. É meu vizinho. Colin também coleciona figurinhas, Escórpio. – Colin ofereceu sua mão. Malfoy a apertou. Lysa fez a mesma coisa.

- Colin Creevey, prazer! – cumprimentou sorrindo para o loiro

- Prazer, eu sou Escórpio, e esta é Lysandra. Creevey? Deixe-me ver... Seu pai é fazendeiro, certo? O que vocês criam? – Era incrível como Malfoy tinha facilidade em distinguir as famílias. Todas as famílias notáveis eram do conhecimento do loiro.

- Temos cavalos alados Etonianos. Adoro voar neles... – respondeu o garoto prontamente.

- Interessante... meu pai não gosta muito de animais grandes que voem. Disse que foi atacado uma vez por um hipogrifo que causara dores horríveis no braço. Disse que deveriam proibir hipogrifos de entrarem nas escolas...

- Nunca vi ninguém reclamar de um passeio em um etoniano... Eles são bem dóceis...

- Formem grupos de quatro alunos, vamos crianças, colaborem. – o meio-gigante bradava com sua voz ressonante.

- Vamos nós quatro? – Lysa perguntou. Os outros confirmaram.

- Ora, se não é o menino Alvo! Alvo Severo, como vai, meu garoto? – o meio-gigante agora vinha de encontro a Alvo. Os outros olhavam impassíveis para o imponente Hagrid.

- Olá professor Hagrid. Meu pai falou muito do senhor.

- Mande lembranças ao seu pai quando escrever para ele, Alvo.

- Você deve ser Malfoy, não? – o garoto confirmara com a cabeça – É, desconfiei mesmo que fosse. Igualzinho ao pai.

Escórpio pareceu não entender muito bem o comentário.

- Agora vocês quatro façam-me a gentileza de entrar num dos barquinhos na margem do lago.

- Ei, Hagrid, mas e os testrálios, onde estão? – Alvo perguntou.

- Ali, é claro. – respondeu Hagrid apontando para um monte de carruagens sem cavalos, que se movimentavam estranhamente.

- O que são testrálios Al? – Pela primeira vez em horas Lysa fazia uma pergunta a Alvo.

- Cavalos nojentos e sanguinários, de acordo com o meu irmão. – respondeu o garoto procurando pelos cavalos. Havia se acomodado no barquinho, ao lado de Lysa, em frente a Escórpio e Colin.

- Nossa, eu realmente estou muito ansioso! Meu pai me deu uma câmera fotográfica, e disse pra mim tirar muitas fotos lá na escola. Ele disse que ele e o irmão faziam isso. Sabiam que eu já sei fazer a poção para fazer as fotos se mexerem? – Colin disse puxando assunto.

- Sério? Minha mãe sabe fazer, mas eu e meu pai não.... Apesar de termos muitos retratos em casa... Deve ser interessante morar em fazenda, não é mesmo Colin? – disse Escórpio, baixando a voz um pouco. O frio das águas era sentido pelos alunos nos barquinhos. Todos usavam cachecóis. – Tomara que meu pai não saiba que estou dizendo isto... Ele não gosta muito de fazendas.

- Eu amo viver entre os etonianos. E lá não tem só eles... Plantamos beladona! Nossa plantação é realmente vasta. Vendemos essência de beladona para indústrias e companhias de poções.

- Que legal, Colin! Deve ser legal viver em meio a beladonas! – Lysa comentou animando-se um pouco. - Eu... eu... eu nunca tive oportunidade de ir a uma fazenda. Não saio muito de casa sabem... Meus pais são muito rígidos comigo.

- Quem são seus pais Lysa? Já ouvi meus pais conversarem sobre os Lestrange. – Lysa embranqueceu ao ouvir a pergunta.

- Olhem! – interrompeu Escórpio, para a felicidade de Lysa - Olhem aquilo! – Um enorme tentáculo saliente se erguia das águas numa superfície longe dos barquinhos.

- Eu sei o que é aquilo! Meu pai disse que é uma lula gigante! Ele disse que se você cair no lago, ela te salva. Aconteceu com ele, acredita? Tenho que tirar uma foto disto! – e retirou uma máquina fotográfica de um bolso das vestes, tirando várias fotos de diferentes ângulos. – Ah, ela está indo embora, droga.

Os barquinhos se aproximavam de uma superfície rochosa à margem. Havia uma atmosfera envolvente de excitação entre todos os alunos. O frio era intenso, por causa do lago. Ondinhas deslizavam na superfície, produzidas pelo remar dos barquinhos. Um homem encarquilhado andando com o apoio de uma bengala esperava os alunos com uma cara rabugenta. Tinha cabelos imundos e despenteados, e uma gata de olhos profundamente amarelados andava entre seus pés.

Quando chegaram à margem, sob um céu escuro e muito nublado, deixaram os barquinhos e se amontoaram em volta de Hagrid e do velho rabugento.

- Vamos, venham logo pestes, vocês têm de ser selecionados. – bradou o velho tomando o gato cor de poeira nos braços.

- Pode deixar, senhor Filch, eu os levo para o senhor Slughorn. – o velho com o gato imundo saiu rosnando em direção ao castelo imponente que não saía da visão de Alvo. Era maior do que o garoto imaginara. Janelinhas com luzes bruxuleantes eram avistadas por toda a parte, e Alvo pôde reparar em muitas casinhas de vidro do lado oposto, mais distante da entrada. “Devem ser as estufas de herbologia”, pensou, se lembrando do professor Longbottom.

Os garotinhos e garotinhas agora seguiam o meio-gigante que parecia minúsculo ao se aproximar do gigantesco Castelo de Hogwarts. Ao chegar em frente a um imenso portal de carvalho, Hagrid bateu duas vezes com a aldrava, e a porta se abriu.

A luz provocada por centenas de archotes flamejantes nas paredes invadiu os olhos de Alvo, e ele contemplou o saguão de entrada. À sua frente uma escada lindamente construída em mármore subia aos andares superiores. Alvo olhou para cima e teve um susto ao reparar que muitas escadas de pedra se moviam, modificando os destinos das pessoas que as subissem.

À sua direita, havia mais uma porta, esta não tão grande quanto a de carvalho. Em frente a ela um senhor muito gordo reunia em fila todos os alunos primeiranistas. Alvo se perguntou onde estariam seu irmão, seus primos e os demais alunos.

- Vamos, arrumem-se! Eu disse fila, e o que vocês estão fazendo definitivamente não é uma. – disse o professor, de que Alvo não tinha conhecimento.

Alvo se posicionou atrás de Colin na fila. Atrás de Alvo havia uma garota que Alvo não conhecia. Seus cabelos eram lisos, e um rasgo nos olhos denotava sua descendência oriental.

Alice Longbottom era a primeira da fila. O gordo senhor a conduzia para mais perto da porta. E então, com um baque a porta foi aberta, revelando o Grande Salão. Milhares de velinhas ardiam flutuantes em toda a extensão do Salão. Uma coisa chamou inteiramente a atenção de Alvo: Não havia teto. Como isto era possível, Alvo não podia imaginar, já que haviam andares do castelo acima do Grande Salão.

Alvo parou impressionado contemplando tudo que podia ver e Colin andava na fila com a máquina na mão, tirando suas fotos. Alvo teve de dar um leve empurrão para o garoto perceber que Colin já estava lá na frente, e que a fila estava sendo interrompida por ele.

A fila agora estava na frente do salão. Quatro mesas muito longas estavam postas paralelas umas às outras. Alvo avistou a prima Molly dando uma bronca num garoto que queria ir para a mesa ao lado conversar com alguém. Seu olhar então desviou-se para a mesa à frente do salão. Uma mesa não tão longa quanto as outras quatro idênticas, posicionada perpendicularmente à outras. Nela estavam sentados vários senhores, que Alvo imaginava ser os professores. No meio, havia um assento mais belo, onde repousava um gato com marcas escuras nos olhos.

Quando o silêncio dominou a todos os alunos no imenso salão, o gato abandonou seu assento em um majestoso salto, no qual se transformou em uma mulher alta e de aspecto severo. As marcas em volta dos olhos correspondiam a uma bela armação de seu óculos quadrados. Ao fim da transfiguração, aplausos vieram de todos os lados, e a mulher liberou um breve sorriso.

- Boa noite a todos! – a mulher falou, voltando ao seu aspecto rude – Sejam bem vindos, calouros, à Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Eu sou a diretora da escola, Minerva McGonagall. Estamos começando mais um atribulado ano letivo, e como manda a tradição, vamos realizar a cerimônia de Seleção das Casas. O professor Slughorn irá chamar vocês alunos um por um, e os chamados deverão sentar-se no banco, onde o Chapéu Seletor irá selecioná-los.

- Longbottom, Alice – chamou o professor sem demora, e a amiga de Alvo, que morava no Caldeirão Furado deixou a fila e se sentou num banquinho de três pernas localizado no meio do salão.

O Professor Slughorn colocou um chapéu muito velho na cabeça de Alice. A menina estava muito quieta, segurando firme no assento.

- Lufa-lufa! – bradou um rasgo no chapéu, e um mar de palmas oriundas da mesa ao lado da que Alvo vira a prima irrompeu no salão. A amiga estava sendo abraçada por duas garotas maiores, e sua prima Victoire sorriu para Alice. Victoire estudava no sexto ano na escola, e era apanhadora da Lufa-lufa.

- Brocklehurst, Mandy – chamou o professor sorrindo para todos os lufos.

- Corvinal! – bradou mais uma vez o Chapéu Seletor, fazendo com que Mandy se levantasse e saísse correndo para se juntar aos colegas. Eles não levantaram, porém não faltaram aplausos.

Mais dois garotos foram selecionados para a Corvinal, e agora Alvo estava mais apreensivo do que nunca. Todos estavam indo para a Corvinal? Será que o Chapéu ficara doido e iria mandar todo o resto para a mesma casa?

Alvo agora estava pensando na possibilidade de entrar para a Lufa-lufa. Por que não? Lá teria amigos. Lá todos seriam seus amigos, e seriam unidos. Não seria mais humilhado pelo irmão, não seria motivo de piadas, pois teriam sempre muitos ao seu lado. E estaria na mesma casa que sua amiga Alice. E sua prima também era lufa. Sua prima ainda era namorada de um professor, e a amiga filha de outro.

- Lestrange, Lysandra – chamou o professor, com a voz muito trêmula ao pronunciar o sobrenome.

Ao som de “Lestrange”, muitas cabeças fizeram caras de apreensão, e a diretora pegou alguns papéis em sua mesa e começou a procurar algo. Estava surpresa. O professor Neville, sentado na mesa dos professores se levantou de súbito, e começou a olhar de Minerva para a garota que estava se dirigindo ao chapéu. A professora retribuiu o olhar com cara de dúvida, percebeu Alvo.

Quando Lysandra Lestrange sentou-se no pequeno banquinho de três pernas, o professor baixou o Chapéu.

Antes mesmo de chegar à cabeça de Lestrange, o Chapéu já gritava a casa na qual foi selecionada. “Sonserina!” E a mesa da ponta irradiou aplausos calorosos. Alguns gritaram o nome de Lysa, e a garota dirigiu-se a um lugar bem no fundo de sua mesa. Sentou-se sozinha.

- McLaggen, Mirza – chamou o professor, prosseguindo a cerimônia – e a vizinha de Alvo foi selecionada após quase um minuto de reflexão do Chapéu. “Grifinória”, gritara ele, e a primeira aluna da casa a ser selecionada se levantou bruscamente, derrubando o chapéu das mãos do professor e correndo para se sentar num lugar bem à frente.

Mais alunos eram selecionados, e o Chapéu gritava suas casas: “Sonserina... Corvinal... Corvinal... Lufa-lufa... Sonserina... Grifinória...

- Patil, Patrícia – chamou o chapéu, e uma garota morena e sorridente foi selecionada para a Grifinória.

- Scamander, Anastácia – chamou o professor, e uma excêntrica garotinha de olhos amendoados adiantou-se no salão. Seu andar era rápido e desajeitado, e Alvo tinha certeza que se Fleur, sua tia a visse diria que não é nada graciosa.

- Sonserina! – gritou o chapéu em resposta, e garota foi com seu andar não tão gracioso para a mesa, onde não foi recebida como todos os outros. Poucos aplaudiram-na, e estes poucos o fizeram sem o menor resquício de ânimo.

- Malfoy, Escórpio – chamou o professor Slughorn, e Alvo gelou. Depois de Escórpio, seria a vez de Colin, e então logo após seria a sua.

Escórpio foi para a sonserina, após o Chapéu claramente ter mantido uma conversa com o garoto.

- Creevey, Colin – Alvo seria logo depois. Colin tropeçou ao sair andando em direção ao banquinho, arrancando risadas de muitos no salão. – Minerva olhava com muito interesse para o garoto.

- Grifinória! – e a mesa da Grifinória irrompeu em aplausos muito receptivos. Alvo viu alguns se levantarem e apertarem as mãos do amigo. E agora? Seu nome seria chamado? Ou talvez esquecessem que ele tinha uma vaga na escola, e pudesse voltar para a casa....

- Potter, Alvo Severo – o Professor falou o nome de Alvo em alto e bom som. Chegara sua vez.

Alvo Severo deixou a garota oriental com o primeiro lugar da fila e foi até o banquinho. O professor abrira um sorriso radiante para ele. Por que motivo seria? O professor não sorriu para nenhum dos outros, e porque isso com ele? Não importava, ele simplesmente teria de sentar, se relaxar e esperar a Seleção. Sentou-se e segurou com cada mão a extremidade do banquinho. Então, a escuridão invadiu seus olhos.

O professor abaixara o chapéu, que estava na altura do nariz de Alvo, cobrindo totalmente sua visão. Ele vibrava levemente ao começar a resmungar algumas coisas inaudíveis a Alvo.

- Vejo inveja, Potter. – começou o Chapéu, embora muito baixinho - E rancor também. Será que seria possível que uma pessoa assim fizesse sucesso na Grifinória? Ahn... ahn... Seu sangue é nobre, e você tem orgulho de sua descendência. Dá valor a nobreza, não Potter? – Alvo só ouvia o chapéu, não se pronunciava – Poderia ser corvino. Porque não? Vai exigir de você, mas você pode oferecer dedicação o suficiente. Lufa-lufa busca amigos. Verdadeiros amigos, leais e que nunca, realmente em hipótese alguma trairiam seus amigos e sua tão honrada Casa. – Está demorando demais, pensava Alvo – Acho que tomei minha decisão. Sim, tomei sim, e agora devo lhe falar que você pertence a “Sonserina”!

O nome da casa foi anunciado em som muito alto, para todos no salão saberem.

Alvo se levantou rapidamente, então seus olhos encontraram os de Malfoy e Lysa. Desviou rapidamente o olhar, que recaiu no irmão, que o fitava indignado. Freddy, ao lado olhava do mesmo jeito para Alvo.

- Chang, Hesper – chamou o professor, e Alvo começou a andar. Começou a ouvir os tão numerosos aplausos vindos da mesa da Sonserina. Malfoy e Lestrange se levantaram, então Alvo Severo abraçou os amigos. Acabara sua apreensão. Fora selecionado.

4 comentários:

Anônimo disse...

a historia estava legal mas alvo ter ido para sonserina tirou toda agraça ea vontade de terminar de ler ainda mais com esses amigos ele tinha que ser grifinorio ele e um Potter

Anônimo disse...

Tá bem legal a história!!

Alvo Severo disse...

eu estou meio a meio, pois sem dúvida suas qualidades indicam que ele deveria ir a grifinória, mas ele pode ter ido para a Sonserina para mudá-la, se vcs me entendem...

Anônimo disse...

essas pessoas que ficam falando que so porque é um potter tinham que ir para a grifinoria , são muito mente piquenas e comeram coco quando eram bebes ... falei iquinoreas e avance .

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