Alvo Severo e o Segredo da Víbora (Capítulo 6)

Capítulo VI – O Expresso de Hogwarts

O dia para a partida rumo a Hogwarts chegara. A manhã de primeiro de Setembro estava fresca e dourada como uma maçã, enquanto a pequena família cruzava a barulhenta estrada em direção à grande estação, as chaminés das locomotivas fumegavam e a respiração dos pedestres condensava no ar frio, como uma teia de aranha. Uma gaiola estava empilhada sobre um dos malões nos carrinhos, que eram empurrados pelos pais. A coruja dentro dela piava zangada; Lily passou chorosa por seus irmãos e se segurou no braço do pai.

– Não vai demorar muito para você embarcar também. - Harry disse a ela.

– Dois anos, - choramingou Lily – eu quero ir agora!

As pessoas olhavam curiosamente para a coruja enquanto a família se dirigia para a barreira entre as plataformas nove e dez. A voz de Alvo chamou a atenção de Harry para uma discussão que seus filhos haviam começado ainda no caminho para a estação.

– Não vou! Não serei da Sonserina! – Alvo gritava com seu irmão.

– Tiago, dá um tempo! - disse Gina.

– Eu só disse que ele poderia ser! - disse Tiago, sorrindo para seu irmão mais novo. – Não tem nada de errado nisso. Ele pode ser da Sonse... - Mas os olhos de Tiago encontraram os da mãe e ele ficou quieto. Os cinco Potter aproximaram-se da barreira. Sorrindo convencidamente para seu irmão, por sobre o ombro, Tiago pegou o carrinho das mãos da mãe e se pôs a correr.

Segundos depois, ele havia desaparecido.

– Vocês vão me escrever, certo? - Alvo perguntou para seus pais, aproveitando a ausência de seu irmão.

– Todo dia, se quiser. - disse Gina.

– Não todo dia. - respondeu rapidamente Alvo – Tiago disse que a maioria só recebe uma carta por mês da família.

– No ano passado escrevíamos para ele três vezes por semana. - disse Gina.

– E não queira acreditar em tudo o que ele diz sobre Hogwarts. – complementou Harry. – Ele gosta de umas travessuras, o seu irmão.

Lado a lado, eles empurraram o segundo carrinho, ganhando impulso e, quando chegaram à barreira, Alvo fechou os olhos, esperando por uma colisão que não veio. Ao invés disso, a família emergiu na plataforma Nove e Meia que estava coberta pelo vapor lançado pela locomotiva vermelha do Expresso de Hogwarts. Figuras indistintas se moviam através da névoa, na qual Tiago já havia desaparecido.

– Onde eles estão? - quis saber Alvo, ansioso, observando as pessoas entre a fumaça enquanto eles cruzavam a plataforma.

– Nós vamos achá-los. - disse Gina, tranqüilizando-o. Mas o vapor era denso, tornando difícil distinguir o rosto de alguém.

Separada de seus donos, as vozes pareciam anormalmente altas, Harry pensou ter ouvido Percy discursar sobre a Regulamentação de Vassouras e ficou agradecido por ter uma desculpa para não ter que parar e cumprimentá-lo...

– Eu acho que são eles ali, Al. - disse Gina de repente.

Um grupo de quatro pessoas saiu da neblina, próximos ao último vagão. Seus rostos só se tornaram nítidos quando Harry, Gina, Alvo e Lily se aproximaram deles.

– Olá. - disse Alvo, imensamente aliviado. Rose, que já estava usando os trajes novos de Hogwarts, sorriu para o garoto.

– Então, chegaram bem? - Rony perguntou a Harry .

Rony e Harry colocavam o malão de Alvo no trem.

De volta à plataforma, eles encontraram Lily e Hugo, o irmão mais novo de Rose, tendo uma conversa animada sobre em qual Casa a garota ficaria em Hogwarts.

– Eu a deserdo se você não for da Grifinória, - disse Rony - mas nada de pressão!

– Rony!

Lily e Hugo riram, mas Alvo e Rose permaneceram sérios.

– Ele não quis dizer isso! - disseram Gina e Hermione, mas Rony não estava mais prestando atenção. Olhando para Harry ele indicava com a cabeça um local a alguns metros dali. A névoa parecia ter diminuído um pouco, tornando possível ver três pessoas paradas, aliviadas pela neblina que se movia.

– Olha quem é.

Draco Malfoy estava em pé, com sua mulher e filho, um casaco abotoado até o pescoço. Seu cabelo estava com uma entrada, de tal modo que acentuava seu queixo fino. O filho lembrava tanto Draco assim como Alvo lembrava Harry. Draco percebeu que Hermione, Harry, Rony e Gina olhavam para ele, acenou brevemente, e deu as costas ao grupo. Alvo estava confuso. Não tinha a mínima idéia de que seus pais conhecessem a família de Escórpio.

– Então aquele é o pequeno Escórpio. - disse Rony entre os dentes - Arrase-o em todos os testes, Rose. Graças a Deus que você tem o cérebro de sua mãe.

– Pelo amor de Deus, Rony. - disse Hermione, um pouco nervosa, um pouco sorridente. – Não os tente colocar um contra o outro antes mesmo de as aulas começarem!

– Você está certa, desculpe. - disse Rony, mas incapaz de se segurar, completou, – Mas não fique muito amiga dele, Rose, vovô Weasley nunca a perdoaria se você se casasse com um puro-sangue!

– Ei!

Tiago havia retornado. Tinha se livrado do carrinho, do malão e da coruja e agora parecia explodir com novidades.

– Teddy está lá atrás. - disse sem fôlego, apontando sobre os ombros, para uma cortina de fumaça. – Acabei de vê-lo! E adivinha o que ele estava fazendo? Beijando a Victoire!

Ele olhou para os adultos, evidentemente desapontado pela falta de reação.

– Nosso Teddy! Teddy Lupin! Beijando a nossa Victoire! Nossa prima! E eu perguntei o que ele estava fazendo...

– Você os interrompeu? - quis saber Gina - Você é tão parecido com o Rony...

– ... e ele disse que estava lá na cabine para vê-la! E daí ele me mandou embora. Ele a estava beijando! - completou Tiago, achando que não havia sido claro o bastante.

– Não seria lindo se eles se casassem. - murmurou Lily, extasiada - Daí sim o Teddy realmente faria parte da família. – a garota não achava graça no que o irmão dizia.

– Ele já janta em casa umas quatro vezes na semana. - disse Harry – Por que não o convidamos para morar conosco e acabamos logo com isso?

– Boa! - disse Tiago, entusiasmado – Eu não me importo em dividir o quarto com o Al....Teddy poderia ficar com o meu!

– Não. - disse Harry firmemente - Você só irá dividir um quarto com o Al quando eu decidir demolir a casa.

Ele olhou para um relógio gasto em seu pulso.

– Já são quase onze, é bom subirem a bordo.

– Não se esqueça de dar um abraço em Neville! - disse Gina ao filho mais velho enquanto o abraçava.

– Mãe! Eu não posso dar um abraço a um professor!

– Mas você conhece o Neville...- Tiago girou os olhos.

– Fora de escola sim, mas lá, ele é o Professor Longbottom, né? Eu não posso entrar na aula de Herbologia e lhe oferecer carinho...!

Balançando a cabeça para as bobagens da mãe, ele aliviou seu aborrecimento dando um chute no irmão. Alvo estava muito aborrecido, vendo o irmão encontrando a turma que andava com ele. Todos riam muito de Tiago, e dois deles foram ao chão de tantas risadas ao verem o chute de Tiago.

– Te vejo mais tarde, Al. E cuidado com os testrálios!

– Pensei que eles fossem invisíveis? Você me disse que eles eram invisíveis!

Mas Tiago simplesmente sorriu e deixou que a mãe o beijasse, deu um abraço rápido no pai e entrou no trem. Ele acenou e depois atravessou o corredor, de encontro aos seus amigos.

– Não se preocupe com os testrálios. - disse Harry – Eles são bem dóceis, não precisa ter medo deles. Além disso, você não vai para a escola em carruagens esse ano, você vai de barco.

Gina deu um beijo de despedida em Alvo.

– Te vejo no Natal.

– Até mais, Al. - sussurrou Harry enquanto seu filho o abraçava – Não se esqueça que o Hagrid convidou você para tomar chá em sua cabana. Não se meta com o Pirraça. Não duele com ninguém até você ter aprendido como, e não deixe o Tiago te incomodar.

– Mas se eu for para a Sonserina?

Sussurrou somente para o pai, que percebeu que só o momento da partida revelou o verdadeiro e sincero medo que Alvo estava sentindo. Harry agachou-se, seu rosto um pouco abaixo do rosto de Alvo. O único entre os seus três filhos que herdou os olhos da avó

– Alvo Severo. - disse Harry tão baixo que somente eles e Gina puderam ouvir, embora ela fingisse, discretamente, que acenava para Rose, que já havia embarcado. – Você tem o nome de dois diretores de Hogwarts. Um deles era da Sonserina e provavelmente o homem mais corajoso que já conheci.

– Mas, e se...

– A Casa de Sonserina ganhará um excelente aluno, não é? Isso não é importante para nós, Al. Mas se é importante para você, você pode escolher a Grifinória ao invés da Sonserina. O Chapéu Seletor considera a sua escolha.

– Sério?

– Ele considerou a minha. - disse Harry.

Ele nunca havia contado isso a nenhum de seus filhos, e ele foi capaz de ver a surpresa no rosto de Alvo quando o fez. Mas como as portas estavam se fechando pelos vagões e os pais davam os últimos beijos de despedida, Alvo correu para seu vagão e Gina fechou a porta atrás dele. Os estudantes estavam debruçados na janela, olhando para eles. Um grande número de rostos, dentro ou fora do trem, parecia estar voltado para Harry.

– O que eles estão olhando? - quis saber Alvo, enquanto ele e Rose olhavam em volta, para os outros estudantes.

– Não se preocupe. - disse Rony - É que eu sou muito famoso.

Alvo, Rose, Hugo e Lily riram. O trem começou a se mover e Harry se pôs a andar ao seu lado, vendo o rosto do filho, cheio de excitação. Harry continuou sorrindo e acenando, mesmo que não fosse realmente uma despedida, vendo seu filho se distanciar dele...

O último vestígio da fumaça sumiu no ar do outono. O trem fez a curva. Harry ainda tinha a mão erguida, se despedindo.

- Vamos procurar uma cabine! – Rose convidou Alvo, que ainda estava na janela. - Podemos ir sentar com Tiago e os amigos, se você preferir.

- Não! Tudo menos isso. Vamos procurar, tem que ter alguma cabine vaga.

E então, com um rápido encontrão, Alvo colidiu com uma garota. Uma garota não. A garota.

- Ei! Você não está enxergando? Olhe por onde anda! Ahn... Você? – Lysandra Lestrange estava em sua frente, recolhendo os livros que estavam jogados ao chão. Estava acompanhada de Escórpio.

- Lysandra? Você, em Hogwarts? Mas... o que aconteceu?

- Lysa, você o conhece? Se não, eu vou logo para a cabine. Você é o Alvo, não? Meu pai me contou sobre você. Filho de Harry Potter... Vocês já tem um lugar para se sentar?

- Vamos Al, acho que tem uma cabine nos fundos. – Rose puxava Alvo pelo braço.

- E eu sei quem você é. Lysa, essa é filha da Granger, acredita?

- Ela é minha prima! – Alvo não gostou do tom usado por Escórpio.

- Você vem sentar conosco ou não? – Lysandra parecia uma garota legal, mas Escórpio decepcionou Alvo. Rose ainda puxava o garoto.

- Vamos sentar com vocês sim. – confirmou Alvo - Vem Rose, preciso conversar com Lysandra.

- Está bem. – Rose não estava tão satisfeita assim, mas sua outra opção era ficar sozinha.

- Então... Em que casa vocês pretendem cair? – Alvo perguntou logo ao sentarem.

- Sonserina! Foi a casa de meu pai, e ele me disse que se cair em outra, tem um treco.

- Eu também tenho que cair na sonserina. Na verdade acho muito difícil isto não acontecer, pois minha família sempre foi de legítimos sonserinos. – então a garota deixou transparecer que sua voz estava trêmula – E... e.... err, se eu não cair, meu pai não vai ficar muito feliz.

Alvo se lembrou do que seu pai dissera sobre a pessoa que originou seu segundo nome. Não podia ser tão ruim a sonserina. Mas isto não seria possível. Seu tio Rony vivia falando mal da casa, e eles só conheciam pessoas ruins de lá.

- Eu tenho certeza que serei grifinória. – Rose disse mais para Alvo do que para todos na cabine, então Escórpio desviou seu olhar de Alvo para ela. Seu semblante de desgosto se intensificou, e Rose devolveu um sorriso desdenhoso para ele.

- O maior problemas dos grifinórios é se envolver com as pessoas erradas. E fazerem tudo, exatamente tudo em nome do que buscam. Eles não têm sensatez para nada. Nós sonserinos sabemos nos unir com as pessoas certas. Sabemos com quem fazer amizade. Sabemos onde buscar apoio. Grifinórios são impulsivos. Agem por puro instinto, e acham que podem mudar o mundo. Nós da sonserina não. Temos astúcia e malícia de diferenciar as pessoas e reconhecer os melhores caminhos a trilhar. Se tem algo que meu pai me ensinou bem é que não se deve envolver com gente que não chega à nossa altura. – Escórpio contorceu-se de prazer ao ver a careta de Rose.

- Esperem um pouco. Hogwarts tem quatro casas, nós podemos cair tanto na Grifinória ou sonserina quanto na Corvinal ou Lufa-lufa, esqueceram? – disse Alvo sabiamente.

- Papai me diz que na lufa-lufa só tem otários. Lá todos são muito unidos. – contrapôs Malfoy - Trabalham sempre juntos pela casa, mas acho que não têm nenhuma habilidade em especial. Já a Corvinal, acho que se exige dedicação para ser desta casa. As pessoas lá são mais isoladas, não tem muitos amigos, e trabalham cada um por si próprios. Papai me disse que em geral os pontos creditados por lições nas aulas na escola sempre são conseguidos por essa casa. As maiores notas são obtidas por eles. Mas eu não gostaria de ser corvino. Acho que seria uma vida bem chata, não é mesmo?

- Puxa, você sabe muito sobre Hogwarts! – exclamou Alvo, quando iam passando por uma serra de montanhas com uma rica vegetação do lado de fora.

- Meu pai me disse tudo para ir bem lá dentro. Ah, e vocês já estão sabendo das novas contratações na escola!?

- Já – responderam Rose e o primo de imediato.

- Eu particularmente vou adorar ter aulas com uma pessoa especializada como a Sra. Skeeter. Ela publicou muitos livros investigativos por aí. Meu pai me disse que tinha aula com um fantasma na sua época. Será que ainda têm fantasmas na escola? – Escórpio estava se animando. Lysandra estava quieta, ao canto. Parecia achar um tédio ficar ouvindo o amigo falar de todas aquelas coisas.

- Meu pai odeia essa tal de Skeeter, e meu tio também. – Rose mais uma vez fitava Escórpio.

- Seu pai nunca teve dinheiro para comprar sequer um jornal dela! Ou você acha que eu não sei quem é Ronald Weasley? Meu pai contou que um dia ele foi se meter a besta com ele na escola, e acabou vomitando lesmas.

- Chega Alvo! Não vou ouvir mais nada desse filhote de doninha ridículo! – e saiu batendo a porta da cabine com força.

- Espere Rose, eu vou com você! – Alvo a seguiu, dando um último olhar para a garota quieta no canto. Ela encontrou os olhos de Alvo e o fitou diretamente. Não queria sair dali, e parecia que Lysandra queria que Alvo escolhesse entre acompanhar a prima briguenta ou ficar lá e fazer novas amizades. Alvo ficou com a primeira opção.

- Não acredito que você possa sentir o mínimo de simpatia por aquele escorpiãozinho de araque! Meu pai estava certo, Al. Os Malfoy não prestam, e eu nunca vou me juntar a Escórpio. – Rose desabafava com o primo, enfurecida - Se me dá licença, vou procurar um lugar para me sentar. – e saiu espiando em todas as cabines verificando se havia lugar vago. Acabou entrando na cabine onde estava sentado o irmão de Alvo com os amigos. Alvo se recusou a segui-la, então foi diretamente para a cabine que acabara de deixar.

O Expresso de Hogwarts foi trilhando seu caminho até o anoitecer. Uma mulher simpática passou diversas vezes pela cabine onde estava o trio, e a cada uma das vezes, Escórpio enchia os bolsos de sapos de Chocolate, Diabinhos Negros de Pimenta (que fazem você soltar uma labareda pela boca) e bolinhos de caldeirão. Alvo só comprou os sapos, pois gostava de colecionar as figurinhas. Tinhas uma caixinha delas, mas sempre trocava-as com Colin, o amigo de Cedric’s Hollow, que provavelmente estaria em alguma das cabines fazendo amigos.

A viagem foi alegre, e cada um do trio contou histórias de seus pais para os outros. Lysandra estava mais quieta, mas acabou conversando o suficiente com Alvo até o garoto poder chamá-la de Lysa, como fazia Malfoy. Logo a menina magra e de cabelos compridos pôde chamar o garoto pequeno, dos olhos verdes de Al.

Depois de muitas figurinhas novas para Alvo, Escórpio e Lysandra (esta não comprara nenhum sapo, porém não faltaram figurinhas, sapinhos e bolinhos de presente), uma garota alta, de óculos e com ar pomposo, a quem Alvo conhecia muito bem adentrou a cabine.

- Estamos chegando, queiram colocar suas vestes e se organizar no corredor para podermos deixar o trem. Oh Al, você aqui? – um olhar desdenhoso foi jogado de Molly para Malfoy, que respondeu com o mesmo desdém.

- Bom garotos, vou ter que sair da cabine né... Eu já coloquei minhas vestes, e aguardo vocês do lado de fora. – e saiu com Molly, batendo a porta levemente.

Escórpio e Alvo se trocaram rapidamente, e o loirinho pegou suas malas, fazendo Alvo reparar numa coisa que não reparara até agora. O garoto carregava uma gaiola de coruja. Dentro havia um belo espécime pardo que começou a piar com os trancos do trem que parava na estação.

Tiago possuía uma coruja, mas Alvo não quis receber uma quando seu pai a ofereceu certa vez. Sempre gostara de aves, mas não lhe agradava muito a idéia de ter que cuidar de uma.

- Alunos do primeiro ano... por aqui.

Uma voz meio rouca vinha de fora do trem. Deveria ser Hagrid, o velho meio-gigante que seu pai mencionara tanto.

- Sabe quem é? - perguntou Escórpio curioso.

- Sei! É um meio-gigante... Acredita que há um meio-gigante em Hogwarts?

- Tenho que ver isto!

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